domingo, 21 de outubro de 2007

Mártires serão beatificados hoje, em Frederico Westphalen


Os mártires de Nonoai, padre Manuel Gómez González e o coroinha Adílio Daronch, serão beatificados no próximo domingo, dia 21, às 16h, no Parque de Exposições Monsenhor Vitor Battistella, em Frederico Westphalen, RS. A cerimônia de beatificação será presidida pelo prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Saraiva Martins.

Padre Manuel nasceu em 29 de maio de 1877, em São José de Riberteme, diocese de Tuy, província de Fontevedra, Espanha. Foi ordenado padre em maio de 1902. Trabalhou em Portugal, na arquidiocese de Braga, por mais de dez anos. Mas, por causa da perseguição religiosa, em 1913, veio morar no Brasil, na recém-criada diocese de Santa Maria (RS). Em dezembro de 1915 foi nomeado pároco de Nossa Senhora da Luz, em Nonoai (RS).

Em 1924, a pedido do bispo de Santa Maria, padre Manuel e o coroinha Adílio Daronch, natural de Dona Francisca (RS), com apenas 15 anos, seguiram para o Regimento do Alto Uruguai, para fazer a páscoa dos militares. Depois disso, iriam para Três Passos para atender aos colonos de origem alemã, que aguardavam missa, batizados e benção para o cemitério.

Entretanto, ao chegar ao lugar chamado Feijão Miúdo, no dia 21 de maio de 1924, o padre e o coroinha foram assassinados por um grupo de anticlericais que se encontrava no caminho.

Em 1964, os corpos de Adílio e do padre Manuel foram transladados para Nonoai, onde se encontra a capela anexa à Igreja Matriz N. Sra. da Luz. Em 1996, na cúria de Frederico Westphalen, teve início o processo de beatificação de ambos. Em dezembro do ano passado, o papa Bento XVI reconheceu o martírio e promulgou o decreto da beatificação.

Segundo o padre Luiz Dalla, da diocese de Frederico Westphalen, trata-se de “um acontecimento que mexe com todo o sentimento religioso da diocese, de todos os batizados”. Para o religioso, “é uma bênção, uma graça de Deus para o presbitério da diocese e para os adolescentes”, disse, referindo-se aos exemplos de vida dos dois mártires. Padre Dalla considera Adílio um modelo de fé e de coragem, para todos os coroinhas e adolescentes e o padre Manuel, um modelo de missionário. “Dentro de um projeto maior, sobretudo após a Conferência de Aparecida, nós como Igreja diocesana temos um grande desafio: ser uma Igreja missionária”, afirmou.

A beatificação

Antes da cerimônia de beatificação, várias atividades marcarão o evento, como apresentações de corais e uma peça teatral sobre a vida e morte dos mártires.

Além do cardeal Saraiva Martins, estarão presentes na missa o núncio apostólico, dom Lorenzo Baldisseri; o secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa; o postulador da Causa, frei Paulo Lombardi. Também são esperados cerca de quarenta bispos dos Regionais da CNBB.

Uma delegação da família do padre Manuel vinda da Espanha chegou ontem à cidade. Familiares do coroinha vindos da Itália também confirmaram presença, além das suas duas irmãs brasileiras que moram no Rio Grande do Sul. A estimativa é de que participem da beatificação 80 mil pessoas.

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